Chapter Capítulo 9
Capítulo 9
Flávia Almeida sentiu uma batida forte na testa.
Se não fosse pelo favor que precisava pedir hoje, ela já terla chutado aquele traste pra fora do carro!
Como é que uma pessoa boa acaba com uma boca daquela?
Ela se consolou mentalmente, fingindo que o sujeito ao lado não passava de um cachorro latindo.
Flávia não deu bola para o tagarela ao lado e mandou o texto editado para Pedro, recomendando: “Você pode dar um pulo lá na Rua dos Artistas, na loja ‘Cantinho Aromático“. Eles têm de tudo em tempero, você resolve tudo de uma vez.”
“Beleza, valeu, senhora.”
Como Flávia não deu trela, Marcelo Lopes ficou meio sem graça e calou–se.
Passados uns vinte minutos, chegaram ao restaurante combinado.
Quando Flávia ia sair do carro, Marcelo Lopes segurou seu pulso de repente, e ela, por instinto, tentou puxar de volta.
“Fica quieta!”
Marcelo tinha uma pegada forte, ela mal conseguia se soltar. Estava prestes a perguntar o que ele queria quando sentiu o dedo anelar esfriar, um anel de diamante foi colocado ali.
Ela ficou surpresa por um instante.
Era a aliança de casamento deles. Quando se mudaram da Moradia Reserva do Sol, ela deixou a aliança para trás também.
Essa era a primeira vez que ele the colocava a aliança. No dia do casamento, com a chegada de Antônia Carvalho e a cerimônia inacabada, Marcelo tinha saldo de cena, e ela teve que colocar a aliança em si mesma.
“É só pra minha mãe não perguntar, não pensa besteira.“, Marcelo soltou à mão dela, com uma voz arrogante que trouxe Flávia de volta à realidade.
Ela apertou os lábios, recolheu a mão e disse secamente: “O presidente Lopes se preocupa demais, eu sei o meu lugar.”
Dito isso, ela abriu a porta do carro e saiu na frente.
Marcelo Lopes franzindo a testa, desceu atrás dela com o rosto fechado.
Marcelo tinha uma irmã, Aline Lopes, que acabara de se formar na universidade. Ela tinha ido viajar com os colegas e havia retornado ontem.
Como era a caçula da familia Lopes e perdeu o pai logo cedo, era muito mimada pelos mais
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Capitulo 9
velhos, o que a fez se tornar arrogante e prepotente,
Quando Flávia entrou para a familia, ela realmente tentou se dar bem com a cunhada, tentando agradá–la para melhorar a relação, mas Aline não estava nem al. Ela mostrava uma cara para os mais velhos e outra quando estava só com Flávia,
Os anos passaram e a relação só plorou. Marcelo tinha um fraco pela irmã, o que significaval que Flavia sempre acabaria como a prejudicada.
Pensando bem, mesmo sem Antônia Carvalho, ela e Marcelo nunca terlarn urn ‘felizes para
sempre“.
De origens a valores familiares, nada entre eles combinava.
Levados pelo garçom, chegaram logo ao camarote reservado.
Ao entrar, encontraram Aline conversando com Patricia Batista. Mãe e filha pareciam–se um pouco, mas Patricia tinha um charme que só os anos podiam trazer, uma elegância inata, enquanto Aline parecia muito mais jovem,
Ao ver Flávia, Aline mudou a expressão, mas logo sorriu doce para Marcelo, manhosa: “Irmão! Eu estou quase morrendo de fome, a mamãe insistiu em esperar por você pra servir, demorou
tanto por quê?”
Marcelo deu uma olhada nela e comentou: “Limpa esse óleo da boca, al você vai ficar mais bonita.”
Aline Lopes ficou sem palavras: “…”
“Ah, que saco! E pensar que em todas as minhas viagens eu lembro de você, até trouxe um presente!”
Os irmãos estavam se estranhando quando Patricia Batista interveio: “Chega de discussão,
sentem–se todos.”
Depois olhou para Flávia Almeida: “Flávia, vai até a porta e avisa o garçom para servir a
comida.”
Era um pedido simples, que poderia ser ouvido facilmente por um garçom, mas implicava que ela se levantasse. Era mais uma questão de costume do que necessidade.
Nas reuniões de familia, Flávia sempre sentava na ponta, pois era mais fácil levantar–se e atender às necessidades de todos.
Ela se acostumou com isso e já ia saindo quando Marcelo Lopes a segurou pelo pulso.
Sem olhar para ela, Marcelo disse para Aline Lopes: “Aline, vai lá você e pede também uma garrafa de vinho tinto.”
Aline fechou a cara, contrariada: “Ué, a cunhada não estava indo?”
Marcelo respondeu com indiferença: “Ela não sabe qual vinho a mãe gosta.”
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12:45
Flavia se desvencihou e retrucou: “Sel sim, e Romanée–Conti, certo mãe?”
Patricia Batista assentiu com a cabeça.
Flavia san mas sabla o tipo de cara tela que Marcelo lazla.
Ao terminar de dar o recado e voltar, ouviu, através da porta, a voz de Aline: “Irmão, você subestima demais sua esposa. Ela sabe até os gostos da vovó, aflada para entrar na alta
ociedade. Não entendo por que a vovo aceitou ela, em vez de Antônia Carvalho.”
Flavia parou com a mão na maçaneta, seguida pela resposta de Marcelo: “Casar com uma ou outra da no mesmo.”