Chapter Capítulo 16
Capítulo 0016
A janela do carro se abriu parcialmente, revelando o rosto distinto de Matheus.
Ele usava um clássico terno preto e branco, como se tivesse
acabado de sair de um lugar formal. Havia uma leve sensação de relaxamento em todo o seu corpo, contrastando com a aparência desgrenhada de Stella.
Através da noite chuvosa, os olhares deles se encontraram, em silêncio.
Stella tremia com o frio, seus lábios tremiam.
Ela segurava o violino com firmeza, agarrando-o como se fosse a última tábua de salvação em sua vida. Ela sabia que Matheus estava lhe oferecendo uma saída.
Agora, tudo o que ela precisava fazer era ceder, entrar no ca
Em breve, teria um cobertor limpo e água quente. Não precisa mais se apresentar no shopping pela manhã. Acordaria naquel luxuosa e macia cama, voltando a ser a Sra. Soares.
Mas isso não era o que ela queria!
Stella permaneceu parada na chuva, encarando Matheus em silêncio
A chuva aumentava, molhando seus cílios e embaçando o olhar de
ambos.
Por cerca de um minuto, ela ergueu a mão para proteger a cabeça e começou a correr sob a chuva…
A água da chuva respingava, atingindo a carroceria do carro luxuoso.
Ela e Matheus passaram um pelo outro na noite chuvosa.
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Na rua escura da madrugada, o som dos passos de Stella correndo na chuva ecoava no coração de Matheus, suave e abafado.
Ele não saiu do carro, permitindo que Stella passasse por ele.
Ele viu que o rosto dela estava pálido, viu os belos dedos dela cobertos por uma fita adesiva médica, viu a simplicidade de suas roupas e que ela não usava nenhuma joia decente.
No entanto, mesmo assim, Stella não abaixou a cabeça para ele.
A chuva continuava caindo…
No para-brisa do carro, os limpadores de chuva se moviam de um lado para o outro.
Dentro do veículo, o motorista e a secretária Lucinda permaneciam em silêncio, pois podiam perceber que Matheus estava de mau
humor.
Após um longo período de silêncio, finalmente, Matheus fal
suavemente:
– Secretária Lucinda, você pode me explicar por que a Stella trabalhando naquela instituição e escolheu uma empresa de tão indigna? Ela gosta de sofrer?
A secretária Lucinda ficou surpresa com a pergunta.
Após ponderar por um momento, ela respondeu em voz baixa:
– Eu pensei que dessa forma a Sra. Stella poderia voltar para casa mais cedo! Presidente Matheus, posso ir explicar para a Sra. Stella que isso não foi o que o senhor quis dizer.
Uma pequena centelha brilhou nos dedos de Matheus, enquanto ele acendia um cigarro com elegância.
A fumaça cinza pairava no ar, enquanto Matheus falava com um tom
de zombaria:
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– Na mente dela, qual a diferença entre o que você fez e o que eu fiz?
Um alívio se espalhou pela secretária Lucinda.
No entanto, imediatamente, Matheus se virou e apagou o cigarro, sua voz se tornando fria e austera:
Saia do carro!
A secretária Lucinda ficou paralisada:
– Presidente Matheus, está chovendo lá fora.
Matheus se recostou no assento de couro, inclinando levemente a
cabeça para trás, revelando sua pele clara no ambiente sombrio, com sua poderosa protuberância na garganta.
Ele deu um risinho de desprezo:
– Stella pode correr lá fora, e você não pode? Secretária Lucinda que ponto você acha que é mais delicada do que Stella?
A secretária Lucinda ficou extremamente envergonhada.
Ela sabia em seu coração que essa era a punição de Matheus para ela, por ter reprimido Stella por conta própria. A intenção de Matheus era clara: ela poderia sair do carro e correr na chuva ou sair do Grupo Wellfresh de uma vez por todas.
Ela subestimou a posição de Stella no coração de Matheus e superestimou a si mesma!
A secretária Lucinda desceu do carro, suas pernas tremendo.
A chuva estava forte, encharcando seu traje profissional.
Seu rosto e cabelos estavam todos molhados. Com os dentes
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cerrados, ela tirou os sapatos de salto alto.
Correu sob a chuva!
O motorista que dirigia o carro ficou chocado ao presenciar essa cena. Afinal, a secretária Lucinda costumava ser tão arrogante, sempre se aproveitando de ser ex-aluna da mesma universidade que o Presidente Matheus, desdenhando dos outros.
Quem poderia imaginar que ela teria momentos tão desastrosos!
Matheus se apoiou no banco traseiro, observando calmamente a cena, mas em seu coração, ele estava pensando em Stella.
Ele se perguntava por que estava insistindo em fazer Stella voltar!
A personalidade de Stella era muito submissa, não era do seu agrado. Na verdade, ele nunca se apaixonava por ninguém. Mesmo que antes do casamento tivesse considerado a ideia de se casar com Hana, era apenas por causa do maravilhoso som do violino em
sua memória ao acordar.
Mas depois, ele não gostava de ouvir o violino que Hana to
Dava-lhe dor de cabeça!
Quanto a Stella, talvez ele estivesse apenas acostumado com
presença!
Nos últimos dias, ele perdeu um par de abotoaduras e não consegu encontrá-las. Se Stella estivesse por perto, ela saberia exatamente onde estavam. E ontem de manhã cedo, quando foi ao closet trocar de roupa, recebeu um choque elétrico ao tocar na maçaneta de metal do guarda-roupa.
Foi a primeira vez desde que se casaram.
Quando Stella estava presente, ela sempre prestava atenção na humidade da casa, especialmente no outono e inverno. Ela
embrulhava tudo que poderia gerar eletricidade estática em isolantes. A vida com Stella era realmente confortável.
Mas ele aproveitava esse conforto enquanto a negligenciava.
Na noite chuvosa, Matheus se recostou no carro, pensando nas várias situações passadas com Stella.
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No final, ele concluiu que a razão pela qual queria que Stella voltasse era porque ela se encaixava melhor como Sra. Soares, não porque ele se apaixonava por ela…
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