Chapter Capítulo 3
Capítulo 3
Leticia Silveira ficou atônita ao ver a silhueta de Sérgio Pereira se afastando. Uma enfermeira entrou, re–insertando a agulha na vela dela. A dor aguda a fez acreditar lentamente que, de fato, estava viva.
Deus lhs deu outra chance.-
Então, era o ano de 2007.
Ela estava no primeiro ano do ensino médio.
Depois da enfermeira terminar o trabalho e deixar o quarto, Sérgio Pereira, visivelmente exausto, sentou ao lado da cama de Letícia, o pulso adornado por um relógio masculino de valor inestimável. Com a mão, ele acariciou o rosto, enxugando as lágrimas que escorriam dos olhos, “Letícia, você está no primeiro ano, você deve se concentrar nos estudos, não em colocar todo o seu foco no seu irmão. Você entende?”
“Eu…”
Letícia Silveira não sabia o que dizer. Ela se lembrava de, em sua vida passada, ter visto a notícia do noivado de Sérgio Pereira com Helena Rocha.
Ela ficou tão desesperada que tentou suicídio, na esperança de forçar a família Silveira a
cancelar o noivado.
Sim, ela seria capaz do tal ato.
Sérgio Pereira foi um menino que os pais adotaram de fora. Quando foi encontrado, estava coberto de sangue, mal respirando, e foi levado ao hospital, onde sua vida foi salva por um fio.
Depois de viver com Letícia por pouco tempo, seus pais morreram em um acidente de carro, e ela foi enviada para um orfanato.
Naquela época, Letícia apenas tinha cinco anos e foi, de certo modo, criada por Sérgio
Pereira.
Devido à sua dependência de Sérgio, ela não queria que ele ficasse com outra mulher.
Ela tinha pensamentos egoístas sobre Sérgio Pereira.
Desde pequena, ela sonhava em ser esposa daquele homem, seu amor era uma dependência obsessiva.
Mas agora, o amor de Letícia por Sérgio…
Havia desaparecido completamente.
Na vida passada, por causa da interferência dela, Sérgio e Helena perderam dez anos.
17:32
Se não fosse pelo seu egoismo, Helena Já estaria casada com Sérgio.
Por ciúmes do amor de Sérgio por Helena, ela drogou Helena.
Fazendo com que Helena perdesse o primeiro filho de Sérgio.
No entanto… Sérgio nunca soube que eles, o Sérgio e a Leticia, mesmo tiveram um filho… Leticia ficou com medo!
Sérgio nunca a amou, e nunca a havia amado.
Sentada na cama, ela agarrou nas roupas de Sérgio, com os olhos embaçados de lágrimas, “Irmão… Eu estava errada, eu não vou mais dizer aquelas coisas sobre gostar de você e querer ficar com você.”
“Não importa com quem o irmão esteja… Eu não farei mais essas coisas irracionais.”
“Eu juro, esta é a última vez.
Leticia Silveira abaixou suas longas pestanas negras como penas e seu rosto
de corvo delicado como veludo de cisne brilhava com palidez, talvez devido à sua extrema fraqueza.
Sérgio ficou ao lado dela por um momento, observando a jovem adormecer. Depois, ele foi chamado por um telefonema e teve que sair.
Sérgio desceu pelo elevador até o estacionamento subterrâneo no primeiro andar.
Num luxuoso Maybach, ao lado do motorista, sentava–se uma mulher vestida com um elegante vestido de noite, uma estola de pele branca sobre os ombros e uma maquiagem suave. Embora seu rosto não fosse excecionalmente belo, sua postura digna e elegante denunciava sua posição distinta: “Leticia, ela está bem?” perguntou ela.
Sérgio Pereira abriu a janela e acendeu um cigarro, “Não se preocupe, ela só precisa de um pouco de descanso e tranquilidade.”
A mulher no carro era Helena Rocha, a herdeira do conglomerado familiar Rocha, a noival de Sérgio Pereira, pelo menos nominalmente, e a amiga de infância com quem ele
cresceu.
Helena Rocha disse: “Sérgio, eu sinto que Leticia tem um tipo de sentimento especial por você!”
Sérgio Pereira, com a mão apoiada na janela, jogou fora a bituca de cigarro, “Ela é jovem, ainda não entende essas coisas.”