Chapter Capítulo 12
Capítulo 12
Ele bebeu?
Não estava planejando pra casar e ter filhos com Helena Rocha?
Letícia Silveira olhou para o salto do sapato de couro dele, e ela respondeu com voz suave, “Acabei de terminar a lição de casa.”
Era raro que Letícia Silveira se sentisse desconfortável sozinha com Sérgio Pereira; essa era a primeira vez.
“Irmão, eu vou
gar um pouco de sopa para curar a ressaca.” Ainda havia um pouco na geladeira da última vez que fiz, mas só restava uma tigela.
Letícia Silveira saiu da cozinha e não viu Sérgio Pereira na sala de estar. Ela entrou no próprio quarto segurando a sopa de ressaca e viu ele parado na frente da escrivaninha, segurando um caderno em suas mãos, emanando uma aura fria que parecia irradiar dele. Ela não sabia se estava imaginando coisas, mas Sérgio Pereira parecia irritado.
Ele perguntou com voz fria, “Quem é Marcos Rodrigues?”
O tom dele não era severo, mas fez Letícia Silveira estremecer. Ela explicou, “Ele é meu colega de classe. Eu peguei o caderno dele emprestado. Irmão, por favor, não confunda as coisas, eu e ele não temos nada.”
Ao ouvir o medo e a pressa na voz dela, a luz fria nos olhos de Sérgio Pereira suavizou um pouco, e sua expressão também acalmou. Ele colocou o caderno de lado, caminhou até ela com a postura de alguém mais velho, ficando em sua frente com olhos de águia, fixando o olhar nela, “Letícia… eu não estou te repreendendo, é só que você ainda é muito jovem.”
“Eu já disse, você deve se concentrar nos estudos agora, e não desperdiçar tempo com alguém que não importa. Entende?”
A voz dele era agradável, palavra por palavra, apesar de falar com ela de maneira gentil, Letícia Silveira ainda assim não tinha coragem de levantar a cabeça para olhar ele.
Letícia Silveira entrelaçava as mãos à frente, assentindo com a cabeça, “Eu entendi, irmão. Eu não vou causar problemas para você.”
O incidente com Marcos Rodrigues perseguindo ela havia causado alvoroço na escola e quase foi necessário chamar os pais.
Os pais de Leticia Silveira tinham morrido cedo em um acidente de carro, e ela só tinha Sérgio Pereira como família. Quando se matriculou, foi o número dele que ela usou.
Letícia Silveira tinha medo mais do que tudo que os professores ligassem para chamar os pais.
Se não fosse Marcos Rodrigues Intervindo em seu favor, se Sérgio Pereira tivesse ido escola e descoberto o que aconteceu, conhecendo o temperamento dele, ele com certeza não teria perdoado Marcos Rodrigues.
De agora em diante, vou me concentrar totalmente nos estudos e não vou decepcionar você, irmão.”
Por causa do medo, a voz dela soava muito fraca.
Os olhos de Sérgio Pereira pousaram na mão dela segurando a sopa para curar a ressaca, pegou a tigela e colocou–a de lado, e depois agarrou sua mão. Letícia Silveira ficou tensa, tentando soltar sua mão, mas acabou desistindo.
Sérgio Pereira perguntou, “Você já passou remédio?”
“Já passei.” Leticia Silveira ainda assim conseguiu retirar sua mão da dele, “Irmão, já está ficando tarde, você deveria voltar. Eu… estou um pouco cansada e tenho aula amanhã.”
Sérgio Pereira recuou sua mão, “Você ainda está chateada comigo?”
Letícia Silveira balançou a cabeça, “Não estou.”
Sérgio Pereira deu um passo à frente, aproximando–se dela. Letícia Silveira, com a cabeça baixa, estava apenas a um centímetro de encostar ao peito dele. Ele perguntou com uma voz fria: “Tem certeza? Desde que entrou até agora, por que você não olhou para mim? Por que está sempre se escondendo?”
“Será que você tem medo de me ver, ou será que… você não quer me ver?”