O Legado da Injustiçada: A Nova Sílvia Onisciente e Onipotente

Capítulo 7 

Ao ouvir o pedido, Amanda Magalhães acenou positivamente, pronta para atender: “Claro, claro, Silvia, vem comigo. O banheiro é bem pequeno, cabe só uma pessoa; se mais alguém entrar, fica apertado demais,” 

Amanda lançou um olhar apreensivo para Silvia, preocupada que ela pudesse não gostar. Afinal, Silvia estava acostumada com uma vida de luxo até então. Vendo que Silvia não mostrava insatisfação, Amanda prosseguiu: “Vou procurar algumas roupas para você trocar depois do banho.” 

“Agradeço” – Silvia respondeu, com um gesto de cabeça. 

Renata Gomes tinha algumas roupas que nunca quis, ainda novas, que Amanda tinha comprado, mas Renata as rejeitou por serem simples demais e nunca chegou a usá–las. No entanto, Renata era mais baixa e um pouco mais encorpada que Silvia, então as roupas antigas definitivamente não cairiam bem nela. 

Amanda foi até a loja de roupas mais próxima e gastou cem reais em duas mudas novas para Silvia. Para muitos, peças de cinquenta reais poderiam ser consideradas baratas, mas para Amanda, já eram um luxo. Geralmente, ela se vestia com roupas usadas que ninguém mais queria. Cem reals representavam uma economia de muito tempo! 

Após um banho rápido, Silvia se viu diante do espelho, examinando a moça refletida. Um rosto ovalado perfeito, pele fina e quase translúcida, olhos amendoados levemente puxados para cima, com iris claras e misteriosas. Cilios volumosos e longos, lábios vermelhos ligeiramente entreabertos transmitiam uma aura de indiferença, distância e frieza. 

Silvia sorriu, e o reflexo fez o mesmo, desencadeando um sorriso radiante e encantador. Esse rosto lembrava um pouco o dela em sua vida passada, mas com seu próprio charme. Vendo que a dona original do corpo era tão linda, Silvia sentiu–se aliviada; afinal, ela era vaidosa. 

“Hmm, está ótimo” – Silvia comentou, prendendo o cabelo num coque alto, expondo um pescoço alvo como o de um cisne, e assobiou para seu reflexo: “Como posso ser tão linda?” 

Depois de admirar sua imagem, vestiu as novas roupas. 

Vestindo as peças, Silvia franziu o cenho. Acostumada a roupas de grife, sentir o tecido áspero era desconfortável. Parecia que precisaria arrumar um jeito de ganhar seu primeiro dinheiro em breve para melhorar a vida da familia e alcançar novos auge! 

Com essa ideia em mente, Silvia saiu do quarto. 

Amanda apareceu com um prato de macarrão: “Silvia, vem comer…” 

Mas ao se virar, parou abruptamente, as palavras presas na garganta. A moça à sua frente usava uma camiseta branca simples, amarrada na cintura de forma descompromissada, exibindo uma elegância natural. As pernas longas, o rosto sem maquiagem, mas ainda assim de tirar o fôlego. 

Vestindo roupas simples, ela parecia desfilar uma grife de luxo. Até modelos profissionais pareceriam menos interessantes perto dela. 

16:32 T 

Capitulo 7 

“Mãe.” 

Apenas quando Silvia falou, Amanda se deu conta. Era Silvia Magalhães? Ela estava atônita, sem acreditar que, sem a maquiagem pesada, Silvia poderia ser tão bela: “Vem comer, fiz macarrão para você” – Amanda disse, tentando esconder sua surpresa, colocando a tigela na mesa. 

“Obrigada, mãe” – Silvia agradeceu, pegando a tigela e começando a comer com apetite.