Chapter Meu marido “deficiente” é o CEO bilionário Capítulo 1
Capítulo 1 Por favor, case-se comigo
Ao chegar ao Cartório de Registro Civil, Vivian Souza ficou totalmente desanimada ao descobrir que o homem com quem ela iria tirar sua certidão de casamento ainda não havia chegado.
Já havia passado mais de meia hora do horário combinado. Quando ela estava prestes a entrar em contato com ele, ele ligou para ela.
Assim que ela atendeu, uma voz furiosa soou pelo telefone: “Vivian Souza, sua mentirosa! Você se esqueceu das coisas vergonhosas que fez na universidade? Como ousa pensar em se casar comigo agora? Deixe eu te falar uma coisa. Isso só vai acontecer nos seus sonhos! Agora tudo está claro do porque você foi rápida em falar sobre casamento, já que nos conhecemos há apenas três dias! Se não fosse pela minha ex-namorada ter estudado na mesma universidade que você, eu teria sido enganado! Sua mulher sem vergonha!”
Com isso, ele desligou.
Vivian nem teve chances de se explicar.
Os dedos que apertavam o celular estavam ficando brancos, enquanto os lábios da mulher se moviam silenciosamente.
O homem não tinha se preocupado em baixar o tom de voz, o que significava que muitas pessoas tinham ouvido o conteúdo da ligação. Os olhares que todos lançavam a ela eram aqueles cheios de desprezo e nojo, alfinetando-a como milhares de agulhas.
Era exatamente como aquela noite de pesadelo há dois anos.
Ela sentia como se estivesse sendo engolida pela escuridão. Não importa o quanto ela tentasse, simplesmente não havia escapatória…
Gotas de suor se formaram em sua testa enquanto ela empalidecia dramaticamente. Sem perceber, todo o seu corpo começou a tremer incontrolavelmente.
Ao seu lado, um par de olhos escuros e insondáveis observava pensativamente a mulher trêmula enquanto seus dedos finos tamborilavam no braço da sua cadeira de rodas.
“Sr. Norton.” Naquele momento, um jovem correu para o lado de Felipe Norton. Inclinando-se, ele sussurrou: “A Sra. Lopes me informou que ainda está presa no trânsito. Ela disse que pode levar pelo menos uma hora para chegar aqui.”
“Você pode dizer a ela para voltar para casa. Diga a ela para não se incomodar em vir mais.” Felipe nem se deu ao trabalho de virar a cabeça. Seu olhar penetrante estava fixo em Vivian quando ele acrescentou placidamente: “Eu não gosto de mulheres pretensiosas.”
“Mas…” O jovem, seu assistente, tinha uma expressão chateada no rosto. “Seu avô está pressionando muito para que você se case…”
Como se não tivesse ouvido as palavras de seu assistente, Felipe apertou o botão de sua cadeira de rodas e se moveu em direção a Vivian.
“Com licença, senhorita? Você poderia, por favor, casar-se comigo?”
Uma voz nítida foi ouvida, tirando Vivian da escuridão que ameaçava engoli-la por inteiro.
Virando a cabeça para olhar, ela ficou um pouco surpresa com o que encontrou.
Ela não sabia quando isso tinha acontecido, mas um homem em uma cadeira de rodas estava parado na frente dela.
Suas feições eram tão perfeitas que tiravam o fôlego de qualquer um. Sobrancelhas nitidamente definidas descansavam em um rosto que parecia esculpido em mármore. Ele parecia uma obra-prima impecável.
Apesar da simplicidade de sua camisa branca, o caimento acentuava seu porte esbelto, mas poderoso.
Estar sentado em uma cadeira de rodas não interferia em nada no ar nobre e orgulhoso que ele exalava. Pelo contrário, parecia apenas fazê-lo parecer mais distante e inacessível.
Só depois que o homem repetiu a pergunta que Vivian saiu do torpor em que havia mergulhado.
“O quê?”
“Não pude deixar de ouvir sua conversa agora há pouco. Você está com pressa para se casar, não é?”
A respiração dela ficou presa em seus pulmões com as palavras dele, enquanto a humilhação e a angústia a invadiam.
Sem esperar que ela respondesse, o homem continuou com um tom indiferente. “Que coincidência. Eu estou no mesmo barco. Já que nossos objetivos são parecidos, por que não nos ajudamos?” A maneira como ele disse isso soou como se estivesse falando sobre negócios, não sobre um dos eventos mais importantes da vida em si.
Nesse momento, Vivian finalmente percebeu que esse homem estava falando sério sobre se casarem. Mas nós acabamos de nos conhecer! Casar-se logo de cara é ultrajante demais!
“Senhor, nós nem nos conhecemos! Você não acha que está sendo um pouco precipitado e impulsivo?”
“Você também não conhecia aqueles homens com quem se encontrou às cegas.”
Sua resposta foi calma e direta, pegando Vivian desprevenida e deixando-a sem palavras.
“Ah, entendi agora. Você está me desprezando porque sou aleijado, não é?”
“Claro que não!” Foi sua resposta automática. Quando ela percebeu um pequeno vislumbre de diversão em suas órbitas escuras, deu-se conta de que estava agindo exatamente o que ele queria que ela o fizesse.
“Senhorita.” Ele habilmente cruzou as mãos no colo antes de fixar nela um olhar intenso. “Tenho certeza de que você precisa muito desse casamento. Se você perder esta chance agora, o que a faz pensar que terá outra?”
Ela tinha que admitir que ele era muito convincente. Ele está certo. Eu preciso desesperadamente desse casamento. Na verdade, provavelmente é mais correto dizer que preciso ser registrada como natural desta cidade. Só então poderei solicitar o plano de saúde daqui para pagar as altas despesas médicas da mamãe.
Segundos se passaram enquanto ela olhava para o homem por um longo tempo. Por fim, ela disse: “Você é um residente permanente aqui em São Paulo?”
Seus lábios se curvaram em um pequeno sorriso. “Sim.”
Mais uma vez, Vivian ficou em silêncio. Seus dedos apertaram o registro civil.
Embora ele fosse uma pessoa com deficiência, o homem diante dela parecia presunçoso e tinha uma aparência que certamente estava muito à frente daqueles homens horríveis com quem ela vinha se encontrando às cegas recentemente. Ah Vivian, seu único objetivo nos últimos três meses não era se casar com um residente local o mais rápido possível? Agora, a oportunidade de fazer isso está praticamente caindo no seu colo! Por que você ainda está hesitando?
Emoções conflitantes borbulhavam dentro dela. Por fim, ela mordeu o lábio e se decidiu. A mulher concordou com a cabeça. “Tudo bem, eu concordo.”