Chapter Caminho Traçado Meu bebê é filho do CEO by Célia Oliveira Capítulo 68
Capítulo 0068
Sua confissão lhe pegou de surpresa, pois até algumas horas atrás, parecia nervoso com o que ela lhe perguntou sobre o nome no relógio.
Já andando por uma rua estreita e agora, movimentada, eles pararam em uma pequena barraca, onde uma senhorinha, de aparentemente sessenta anos, estava. Mesmo estando bem agasalhada, Rafa sentiu pena daquela senhora, pois já era bem tarde, para estar fora de casa. Na barraca dessa senhora, vendiam–se amuletos em pequenos chaveiros.
– É simples, mas acho que irá servir Ethan disse, pegando um que achou interessante. – Vai querer algum?
–
Não, obrigada.
Pegue, não precisa ficar com vergonha, por acaso não quer se lembrar de sua primeira noite em Tóquio?
–
perguntou.
–
Tudo bem.
Ela pegou um que achou bonito. Após pagar, os dois andaram novamente para o carro, onde o guia e o motorista os esperavam, para levar de volta ao hotel.
Olhando para o seu amuleto, Rafaela tentava decifrar o que estava escrito ali.
– O que tanto olha? ele perguntou, vendo quão concentrada estava.
O que será que está escrito aqui? – perguntou.
–
–
Nosso guia pode responder respondeu. Hiroshi, o que está escrito no amuleto dela? Perguntou para o guia, que estava no banco do passageiro da frente.
Rafa estendeu o amuleto ao homem, que o pegou e o leu em voz alta.
–
– Aqui está dizendo: “ai wa katsu” significa, o amor vencerá.
– Bem a sua cara, pois você acredita nessas coisas perguntou, dando o seu amuleto ao homem.
Hiroshi respondeu.
Ethan zombou. E o meu?
–
Aqui diz: “kodomo wa shiawase wa motarasu” significa, as crianças trazem felicidade. Hiroshi respondeu.
O semblante de Ethan mudou, o deixando totalmente sério.
O silêncio se instaurou no carro e não teve mais nenhuma conversa naquele carro.
Já no quarto do hotel, vestida com uma roupa confortável, Rafa estava deitada na cama, prestes a dormir. Ethan havia entrado no closet para trocar de roupa.
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Desde que chegou, não havia dito uma palavra sequer. Quando desceram do carro, ela notou que ele havia deixado o seu amuleto no banco. Não disse nada, apenas o pegou e o guardou na bolsa. Se Ethan não queria aquilo, ela iria querer. As crianças trazem felicidade, foi uma indireta muito grande para ele, que não gostava delas, mas para ela, aquela frase era
motivadora.
Um barulho estranho, vindo do closet, que havia ao lado do banheiro, the chamou a atenção, se levantando rapidamente, foi até lá, ver se tudo estava bem.
Ethan, aconteceu alguma coisa?
perguntou, mas não obteve resposta.
Ethan, se não
responder, irei entrar.
Mais uma vez, houve silêncio.
Ao entrar, o encontrou caído no chão, dormindo. Ela podia deixá–lo ali, pois era culpa dele
mesmo por estar naquele estado, mas o chão estava frio demais, para fingir que não se importava.
Acorda, vou te ajudar ir para a cama.
Se abaixando para ajudá–lo a se levantar, Ethan acordou e segurou o seu braço, a puxando com força, fazendo com que ela caísse no chão, em cima dele.
—
Por que você fez isso? – ele perguntou, sem abrir os olhos.
O que eu fiz?
–
perguntou sem entender.
– Por que fez com que eu me lembrasse dele?
De quem?
perguntou confusa.
Mas ele ficou em silêncio, e então ela entendeu. Ethan estava falando de Matteo.
Sinto muito por ser tão inconveniente, prometo que nunca mais me meterei na sua vida começou a dizer.
Desde que entramos naquele carro, queria te pedir perdão por isso, estou
confessou sincera.
me sentindo muito culpada por invadir a sua privacidade
Pode não parecer, mas sofro também, sabia? Ele abriu os olhos lentamente, a encarando.
Nesse momento, seu corpo de arrepiou. Os olhos de Ethan eram intensos demais para se observar por mais de três segundos.
Tentando se levantar dali, teve seu corpo imobilizado por ele, que inverteu a posição dos dois, a deixando por baixo, de costas no chão.
Você está me fazendo mostrar o meu lado vulnerável e eu não gosto disso. Ethan
continuou.
Não há nada de mal em se mostrar vulnerável às vezes, ninguém é forte o tempo todo.
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Eu não sou assim.
pelo pulso.
segurou o braço dela, levantando–o acima de sua cabeça e a prendeu Eu não quero que me veja assim.
Por que se retrai para não demonstrar os seus sentimentos, do que tem tanto medo?
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