A Rebdeldia da Esposa Desprezada ( Flavia Almeida )

Chapter Capítulo 28



Capítulo 28 

Patricia Batista, o que significa isso? 

Sabendo que Antônia Carvalho estava grávida, ainda mandaram a babá enfiar remédio goela abaixo nela, como se mulher fosse só máquina de parir pra família Lopes? 

Não importava se era filho dentro ou fora do casamento, desde que viesse ao mundo? 

Vendo Flávia Almeida franzir a testa, a babá corria em explicar: “A patroa mandou botar uns jujubas pra não ficar tão amargo.” 

Ela apertou os lábios: “Dona Bruna, você está vendo que eu e Marcelo Lopes estamos pra assinar o divórcio, esse remédio não faz mais sentido, né?“, 

“Que isso, senhora! Briga de marido e mulher, ninguém mete a colher. Não pode largar de mão cada vez que tem treta, isso fere os sentimentos. Se o seu homem não tivesse nem aí pra 

você, não teria saldo correndo ontem à noite depois de um telefonema. E mais, quem está pra se separar ainda divide a cama?” 

Flávia Almeida ficou sem palavras… 

Como ela ia dizer pra babá que eles só tinham dormido na mesma cama, sem mais nada acontecer? 

“A patrca disse que esse remédio, depois de uma noite juntos, aumenta as chances de engravidar. Quando a senhora der boas noticias, com um novo membro na familia, tudo vai melhorar.” 

Ela tinha ouvido isso tantas vezes ao longo dos anos. 

No começo, acreditou que era assim mesmo. Quando casou com Marcelo Lopes, não tinhal muito sentimento na base, e pensou que se tivessem logo um filho, o laço entre eles cresceria 

com o tempo. 

Mas eram só ilusões dela. Marcelo Lopes, na verdade, nem queria ter filhos com ela, e ela foi entendendo que filho não é objeto pra manter um homem ao seu lado. 

Era uma vida nova e cheia de energia, que deveria vir ao mundo cercada pelo desejo dos pais, e 

não como ferramenta pra manter um casamento. 

Ela não queria mais ter filhos com Marcelo Lopes, e sabia que seu valor ia muito além de ser mãe. 

“Dona Bruna, a gente não vai ter filho agora, esse remédio é inútil.” 

“Senhora, a patroa me fez prometer que a senhora ia tomar, é pro seu bem. Se não tomar, ela vai pegar no meu pé, e meu filho começou a faculdade esse ano, eu não posso perder meu emprego…” 

A babá estava à beira das lágrimas. 

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Patricia Balista era obstinade até dizer chega, achando que o remedio era como água milagrosa da fertilidade, que perder uma dose era perder a chance de engravidar

Era um absurdet 

Flavia Almeida era de coração mole, não suportava ver algubin 1ão desesperado, mesmo sem querer, acabou pegando o remédio. 

A baba, com o coração na mão, viu Flávia Almeida levando a tigela aos lábios, quando de repente ouviram a voz de Marcelo Lopes: “Dona Bruna, vai arrumar meu escritório, derrame Aqua e molhei uns livros, me ajuda a por pra secar.” 

Flávia Almeida ainda não tinha bebido, a babá hesitou: Senhor, eu is you… 

“Esses livros são importantes“, disse Marcelo Lopes secamente me dá uma mão.” 

A postura de Marcelo Lopes não deixava margem para recusas, e a babá, sem poder fazer mais nada, fol arrumar o escritório. 

Flávia Almeida lançou–lhe um olhar de lado, 

Esse cara, ainda por cima, não tinha ido embora. Que azar! 

Ela estava prestes a beber e sair quando ouviu o desgraçado dizer: “Flávia Almeida, está tão a fim de engravidar? Será que tenho que agradecer por não ter te tocado ontem à noite?” 

Flávia Almeida ficou furiosa: Marcelo Lopes, está doido? Quem falou em engravidar?” 

Ele deu uma olhada no remédio que ela segurava: “Então pra que está bebendo isso? Não está muito convincente, não.” 

Flávia Almeida apertou os dentes e soltou: “Você me fez lembrar, só, estou cheia de saúde, basta dormir com um cara direito que eu engravido. Quem está precisando de reforço é você!“, Entregou o remédio nas mãos dele e disparou: “Toma pra você, uai!” 

E com isso, bateu a porta com força e vazou. 

Marcelo Lopes balxou o olhar para o caldo nas suas mãos, com uma expressão indecifrável. 

Quando a empregada terminou de arrumar e saiu, Marcelo Lopes já tinha picado a mula. 

Na mesinha, o prato de remédio já estava vazio. A empregada sacou o celular, tirou uma foto e mandou ver na mensagem. 

Chegou no hotel um pouco atrasada, uns minutinhos depois da hora marcada. 

Francisca Ferreira já tava na cola, esperando. Assim que se viram, ela desabafou baixinho: “É uma ralação danada. Eu cheguel uma hora antes, achando que tava abafando, e olha a gente aqui, quase por último! Pra quem é ator de segundo escalão, está osso. Um papelzinho desses e todo mundo querendo meter a cabeça.” 

Flávia Almeida deu uma olhada pelo corredor e tomou um susto: tinha uns vinte ou trinta 

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artistas lá, uns por conta própria, outros com empresários ao lado. Só de concorrência, havia uns vinte. 

Alguns retocavam a maquiagem, outros aqueciam a voz, e tinha até quem aproveitasse pra alongar colada na parede. Sem exceção, todas as atrizes eram um arraso. 

A confiança que Flávia Almeida tinha na própria beleza começou a balançar. 

Ela tinha sido muito paparicada por Marcelo Lopes, achando que só com um rostinho bonito ia desfilar no meio artistico. Mas a verdade é que gente bonita nesse meio é o que não falta, el ser linda é quase que o básico. 

Pra se destacar no meio dessa galera que já tinha uma bagagem no ramo, o que contava era o talento de verdade. A beleza era só um plus. 

Caindo a ficha, Flávia Almeida sentiu o frio na barriga. 

Francisca Ferreira percebeu e tentou acalmar a parada: “Não se afoba não. Encara como se fosse um trabalho de faculdade, só vai lá e manda bem. Não complica. Se a gente passar nesse teste, já é meio caminho andado.” 

Flávia Almeida relaxou um pouco e sussurrou: “Vou dar o meu melhor.” 

Não demorou e a porta do quarto se abriu. Uma mulher de aparência eficiente saiu com uma pilha de currículos na mão e anunciou alto: “Quem for chamado entra direto, decorar e atuar não pode passar de oito minutos, se liga no tempo.” 

Logo chamaram a primeira atriz pra dentro e o clima ficou tenso na hora. 

Eram dezesseis concorrentes para uma vaga, cada um com oito minutos, mais de duas horas de espera. 

Mas o teste de cada um acabou saindo mais rápido que isso. 

Flávia Almeida tava lá, na expectativa, mas até que restaram só dois e nada de chamarem seu 

nome. 

Depois que o último saiu, só restou ela, mas por mais que esperasse, ninguém vinha chamar. 

Francisca Ferreira já tava com o coração na mão: “Vamos esperar mais um pouco, deve está rolando outra coisa lá.” 

Mas nem ela tava acreditando muito no que dizia. 

Uns minutinhos depois, a porta se abriu. As duas quase tiveram um treco, mas quem saiu foi a mesma mulher que organizava a fila, só que dessa vez não era pra chamar mais ninguém, era pra descer. 

Francisca Ferreira não perdeu tempo, foi atrás e barrou a mulher: “Moça, qual é? Não vai ter mais teste? Rolou algum problema?” 

A mulher deu uma olhada de lado e soltou: “Já acabou, ué.” 

Capitulo 28 

Francisca Ferreira ficou atordoada: “Mas como assim? Nem chamaram a minha amiga ainda.” 


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